segunda-feira, 6 de maio de 2013

Planeamento da dieta


Planeamento da dieta

A dieta é bastante individualizada, havendo necessidade de uma boa anamnese alimentar e um contato muito estreito do médico com o nutricionista e o paciente. O apetite do doente de Crohn é escasso, sendo imperativa uma dieta bem adequada, altamente nutritiva, usando-se diversos recursos alimentares com criatividade que podem implementar o cardápio.

Cabe ao nutricionista incentivar com carinho o paciente de Crohn a se alimentar, explicando todos os benefícios da nutrição para o restabelecimento mais rápido das fases de crise e manutenção do bem-estar e qualidade de vida saudável em fase de remissão.

O cardápio diário deve ser dividido de 6 a 8 refeições, auxiliando assim na melhor digestibilidade, reposição das perdas de eletrólitos, de energia e na melhor absorção dos nutrientes.

Proteína de Alto valor

Deve conter proteínas de alto valor biológico, são indicadas ovos e carnes, em geral, sem gordura e bem cozidas, evitar o leite nas fases agudas, devido à intolerância à caseína (proteína do leite) e, em menor incidência intolerância à lactose.

Usar leite de soja, de preferência suplementos nutricionais, com proteína hidrolizada e sem lactose.

Energia de alto valor

Cerca de 2.500 a 3.000 Kcal são necessárias para compensar perdas diárias pelas fezes e consequente perda de peso. Para aumentar o valor calórico da dieta, as gorduras vegetais são ótimas fontes (ricas em omega3), azeite de oliva, canola, soja. Pode-se usar ainda, manteiga ou margarina de maneira moderada.

A perda de gordura nas fezes é comum na doença de Crohn. Na ocorrência desse problema a gordura deve ser diminuída e não retirada da dieta. Em caso de necessidade de uma gordura facilmente absorvida podemos lançar mão dos triglicerídios de cadeia média (TCM), comercialmente preparados. Quanto aos carboidratos, devemos restringir a sacarose e doces concentrados.

O valor calórico deve ser aumentado através do arroz, farinha de arroz, farinha de milho, feculentos, legumes, frutas, biscoitos simples (Maria, maizena e bolacha de água e sal) e torradas.

Teor de fibras

As fibras podem ser inseridas na dieta. Em fase de crise apenas as solúveis são importantes e são recomendadas até no controle da diarréia.

Quanto às insolúveis, na fase de remissão da doença, podem ser introduzidas gradativamente, respeitando a intolerância alimentar de cada paciente.

Condimentos e texturas

Textura cremosa e pastosa em fase de crise; branda em fase de remissão. Não usar frituras. Os condimentos devem ser a base de ervas, alhos, sem molhos fortes e sem alimentos que formam gases e promovem flatulência.

Bebidas

São proibidos os fermentados (vinho, cerveja, champanhe), os refrigerantes, sucos artificiais e água com gás. Deve-se evitar os líquidos e alimentos gelados.

É recomendado o consumo de água de coco, água natural sem gás, suco de lima da pérsia, suco de laranja lima, suco de cenoura com couve coado, suco de goiaba, caju, maracujá, maçã ou suco de frutas não irritantes da mucosa.

Pode-se usar chá de ervas que ajudam na digestão, tais como: camomila, cidreira, erva-doce, hortelã, chá verde, chá de jasmim.

Para enriquecermos a alimentação do paciente de Crohn e também dependendo da fase e das condições físicas de que se encontra, podemos lançar mão de diversos recursos no mercado de suplementos nutricionais, alguns especificamente para a doença de Crohn como o Modulen da Néstle ou com adição específica de nutrientes como: glutamina, omega3, com fibras solúveis, entre outras.

Tratamento Alternativo

Hoje, através de uma visão holística, vendo o homem como um todo, há diversos tratamentos básicos.

. Tratamento com a medicina antroposófica que vê o ser humano constituído de corpo físico, psíquico e espiritual. Florais de Bach.
. Massagem energética.
. Terapia com Psicólogo.
. Valorização do ser humano através do aprofundamento e fortalecimento espiritual.

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